sábado, 15 de dezembro de 2007
contato improvisação
assista no You Tube:
http://br.youtube.com/watch?v=Fo62ZhCcZXg
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Cronograma de aulas
30 novembro - sexta feira - das 16 às 18h30
03 de dezembro - segunda feira - das 19 às 21h30
7 de dezembro - sexta feira - das 16 às 18h30
10 de dezembro - segunda feira - das 19 às 21h30
14 de dezembro - sexta feira - das 16 às 18h30
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Informes da aula de 05 de novembro
- Na próxima segunda feira, dia 12 de novembro, haverá aula de Expressão Corporal II das 19 às 21h30.
- Todos devem trazer velas e fósforos para acendê-las.
- Alguns devem trazer alguidares ou outro recipiente grande e seguro para acendê-las.
- Os alunos devem conversar e definir quem traz qual recipiente para queimar as velas.
- Eu levarei um alguidar, é necessário mais três ou quatro recipientes.
- A partir de hoje cada um de nós fará uma coleção de imagens para ser usada em sala de aula. As imagens podem ser parte do Caderno do Eu e devem estar disponíveis para uso em aula.
- O Velho
- A Mulher
- A Criança
- A Feiticeira
- O Guerreiro
Oportunidade de Estágio
PROCESSO SELETIVO PARA ESTÁGIO
processo seletivo para contratação de estagiários, graduandos dos cursos da UFU, para a equipe de edição da Revista Em Cômodos da DICULT- PROEX- UFU.
Todas as informações no endereço:
http://www.ufu.br/index.php?p_ufu_noticias_acao=noticia_abrir¬codigo=3005
2.1 – Área: Agenda e coordenação em reportagens.
2.2 – Vagas: Serão oferecidas 02 (duas) vagas.
2.3 – Remuneração: O estagiário receberá, mensalmente, bolsa de complementação educacional no valor de R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais).
3 – INSCRIÇÕES:
3.1 – As inscrições poderão ser efetuadas na Diretoria de Cultura, na avenida Engenheiro Diniz, 1.178, 1.º andar, sala 112, bairro Martins, conforme procedimentos a seguir:
3.2 – Período: De 12 e 13 de novembro de 2007.
3.3 – Horário: Das 8:00 as 12:00 e das 14:00 às 17:00.
3.4 – Para efetuar a inscrição o candidato deverá:
a) apresentar: comprovante de matrícula, histórico escolar atualizado, quadro de compatibilidade de horário, cópia da carteira de identidade ou carteira de estudante da UFU, cópia do CPF, curriculum vitae com documentos comprobatórios e memorial, no qual sejam comprovadas as atividades realizadas pertinentes ao processo seletivo e das demais informações que permitam avaliação de seus méritos.
Fique de olho na página da UFU e aproveite as oportunidades que a vida universitária oferece.
domingo, 4 de novembro de 2007
O que é um diário de leitura?
Segundo a Profa. Dra. Anna Rachel Machado este “é um novo instrumento pedagógico, capaz de despertar o posicionamento crítico dos alunos diante dos textos e de enriquecer o debate com os professores em sala de aula”.
Ele é um instrumento para trabalhar a leitura de qualquer tipo de texto por meio de reflexões e reações que o leitor tem à medida que vai lendo, e que vão sendo registradas na escrita.
Ele se constitui como um novo espaço de diálogo do aluno com o texto, um espaço totalmente privado, onde ele pode adotar linguagem informal, sem se preocupar com "certo" ou "errado", de modo a se colocar livre e espontaneamente diante dos textos. Dessa forma, o diário de leituras permite que os alunos tracem seus próprios caminhos de leitores por meio desse diálogo, que é sempre único.
Ao mesmo tempo, são criadas as condições necessárias para a construção de um espaço de verdadeiras discussões sobre as reflexões dos alunos, o que permite sua reelaboração e refinamento.
Além disso, os diários também podem servir como ponto de partida para a elaboração de outras atividades de produção textual, com os resumos e resenhas, conforme as necessidades dos alunos.”
In:
http://www.cogeae.pucsp.br/
curso.php?cod=264706&uni=
SP&tip=RE&le=E&ID=6
Acessado em: 21/08/2006
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
"Mito e corpo" -Diário de Leitura - Tiago Pimentel
Antes de começar, fui ler o diários dos outros. E involuntariamente pensei: "será que vou conseguir escrever esse tanto? Será que minhas percepções foram tão consideráveis assim?"
Em uma leitura que aborda também a nossa relação com os padrões da sociedade, logo pude perceber que teria sim, algo a falar.
Esse aí o Parsifal gente!!! E você, qual seu cavalo e como você é como caveleiro?
Expressão corpora lI:
Mito &Corpo, uma conversa com Joseph Campbell.
Keleman, Stanley.
Diário de leitura
Gostei muito da idéia do blog e achei muito bom poder ler os trabalhos dos colegas. Suas visões sobre o texto variam, inclusive interpretações (já que isso é normal devido à subjetividade); mas o que mais me causou estranheza foi o modo do diário de leitura. Pelo que entendi, o diário de leitura seria o registro da leitura somada com os pontos de vistas, pensamentos e interpretações sobre o texto lido. Para mim o diário de leitura seria uma conversa com o papel ou mesmo, simplesmente, o meu pensamento escrito. Não sei se esta correto assim, mas se não estiver por favor titia Renata me diga à maneira correta J.
De inicio o que sempre observo é a capa do livro que vou ler. É verdade que um livro não se julga pela capa, mas a capa me diz muito sobre o livro. Pelo livro estar se tratando de mito, deve-se ter em consciência o próprio conceito de mito que cada um tem. O meu conceito e mito seria aquilo criado para explicar as coisas inexplicáveis, pois o homem não consegui viver com aquilo inexplicável e até teme aquilo que desconhece.
Na capa se encontra dois esboços de um corpo, o primeiro sendo totalmente com traços retos e forma corporal quadrada, até o seu invólucro onde está desenhado é de forma retangular com traços retos. O segundo com forma arredondada e com invólucro arredondado. Essas imagens de inicio já me provocam varias idéias na mente... Especulações e mais especulações do que pode conter nesse livro e ainda me traz memórias das aulas de antropologia da arte que tive semestre passado (1º semestre-2007) idéias que amontoam meus pensamentos só de olhar. Isto me faz lembrar de um método utilizado para apreciação da arte, e ate mais, uma teoria de manifestação e criação da arte. Essa teoria traz a idéia dos opostos: se há algo quente, obviamente há algo frio; se há o alto, há o baixo e assim por diante. E já que esse livro me parece ser de um aspecto um tanto quanto psicofísico, traz a relação da criação artística e analise do homem, já que a manifestação artística ou a arte em si é a tradução do homem e tudo que vê, pelo próprio homem. A principio me faz pensar que se trata do estudo o sensorial emocional do homem sobre a ótica do corpo. Mas também pode ser só um monte de viagem.
Bom, pra começar gostaria de já saber quem é esse tal de Stanley, pois aprendi pela pouca experiência que tenho que não se deve acreditar ou pelo menos aceitar como verdade única uma opinião ou conclusão tirada por alguém, mesmo que este seja renomado... Sempre e sempre as pessoas são superadas ou suas próprias teorias e mais, os ídolos sempre caem.
O titulo já me faz confusão. Como pode o mito e o corpo estarem ligados? A primeira resposta que me vem à cabeça é que o homem tenta assemelhar tudo que cria com ele mesmo, desde os deuses no caráter físico ou na sua humanização (sentimentos).
No inicio Keleman já diz que os mitos falam do corpo, que ele se baseia no corpo, que é experiencial e que os mitos prometem a produção de corpo, o aprofundamento dos repertórios de sentimento e ação. Mas eu não consegui enxergar essa visão de keleman, como pode o mito estar relacionado com o corpo no sentido de aprofundar o sensorial humano, ou pelo menos prometer isso??? Esta é uma pergunta que espero que o texto em si me responda.
Consegui ter uma pontada de resposta à pergunta quando Campbell afirma: ”mitologia é uma canção, a canção da imaginação inspirada pelas energias do corpo”; neste sentido concordo plenamente; pois o corpo, que ao meu modo de ver seria o todo do humano que expressa o que sente ou o que imagina. A correlação que Campbell faz aos mitos gregos e a reclassificação do nosso pensamento (deixar de pensar em matriarcado-patriarcado para mesomorfico-endomorfico) de certa forma me fazem imaginar que a maneira de pensar esta ligada ao meio, que é o maior meio da reflexão do exterior sobre nós mesmos é o corpo, daí a relação dos mitos estarem ligados ao corpo. Os mitos seriam a tradução do meio pelo corpo resultando no pensamento humano do local (ou consciente coletivo).
Entretanto, quanto se cita o mito do graal, keleman teorisa que este mito seria relação da nossa jornada pela compaixão; mas eu somente acho que seria uma das formas de interpretar o mito, foram apontadas outras e sinceramente, não consigo ver o mito do graal como busca pela compaixão (purificação). O graal, no meu modo de interpretar o mito, seria a passagem do sangue real aos homens, ou seja, a divindade reincidida ou retornada aos homens. Sempre que leio algo é sempre assim, nunca concordo com 100% do que leio e é como eu disse no inicio: o mundo esta cheio de subjetividade e não existe verdade absoluta.
Isso tudo me leva a pensar... A densidade de uma pessoa não pode ser medida pela sua aparência, ou ate mesmo pelo convívio. Pode-se viver uma vida inteira com alguém e mesmo assim não se tem noção de sua capacidade, conhecimento e até mesmo do seu potencial. O corpo traduz muito o perfil de uma pessoa e até mesmo sua ressonância interior; mas somente uma parte. Pensei nisso tudo devido à afirmação de keleman em que a sociedade moderna nega o corpo como fonte de conhecimento, e que os mitos não estão mais enraizados na experiência corporal. E se for assim cria-se outra pergunta: se o mito não está enraizado na experiência corporal, onde ele está enraizado hoje em dia??? (pra essa pergunta talvez eu não encontre a resposta).
Seguindo o texto, me deparo com outra imagem que me inspira um monte de idéias, a imagem composta do corpo. (É uma imagem que parece ser pedaço de músculos agregados, totalmente desfigurada, e que mostra parte da coluna(sustento do homem) e ao mesmo tempo olhando o todo se tem à idéia de corpo... ou pelo menos passa a imagem). Isso tudo só vem reafirmar que o corpo é um conjunto de pequenos pedaços que vão compondo a nossa imagem, nossa auto imagem e nossa composição que nós nem mesmo nos damos conta.
De tanto keleman ficar batendo nessa tecla do graal, acho que isso é nada mais do que a pessoa achar um outro objetivo na vida, após alcançar o antigo almejado; seria a busca de um novo sentido e a preparação do corpo pra esse sentido de busca, keleman mesmo afirma: “Preencher-se novamente é o graal”. Isso de certa forma diz muito sobre o capítulo três intitulado de terra devastada; tratando-se do mito do corpo abandonado, que seria um corpo sem conteúdo ou sem sentido (sem vida). A busca do graal seria a busca da ressurreição corporal.
A questão de viver de imagens e simbolismos traz uma idéia de que nós perdemos nossa parte na natureza. Faz-me pensar que enquanto estamos em sociedade desligados de forma exagerada da natureza, perdemos a nossa identidade corporal, passamos a enxergar a natureza como imagem e o nosso corpo também como imagem, nos vemos como um padrão e não como um corpo dotado e cheio de vivencias, experiências e como um corpo que tem sua própria filosofia, algo que remete (reflete) angustias, pensamentos e experiências vividas.
Entretanto a historia do graal e de Parsifal conta toda a trajetória de modo metafórico do reconhecimento do corpo e das imagens que atrapalham tal reconhecimento. Enfim é uma metáfora difícil de ser entendida e acho que eu mesmo não consegui absorvê-la ao todo.
Enquanto continuo lendo chego à conclusão de que o texto é muito denso. Seria necessário varias pré-leituras dos conceitos tratados, de abordagens que seriam tomadas, isto ajudaria muito na melhor compreensão e tomada de idéias. Ás vezes no meio da leitura fico meio perdido e confuso, tendo sempre que voltar e ler novamente o parágrafo não entendido confesso que torna a leitura extremamente cansativa.
terça-feira, 23 de outubro de 2007
diario de leitura
Diário de leitura
Texto: “Mito e Corpo” de Stanley keleman
O título já me chamou a atenção. O que mito têm a ver com corpo? Pareceu-me um pouco estranho e impossível de haver alguma relação mas, de acordo com Stanley Keleman isso é possível.
A mitologia é uma poética do corpo que conta a verdade celular.
Para Stanley o mito é um processo pelo qual organizamos nossa experiência somática, essa que por sua vez, é um evento corporeificado. O mito é um poema, uma dramatização da experiência de ser corporeificado; é metáfora que se baseia-se no corpo e que do corpo fala.
O autor fala da prática do Corpar que são exercícios que fazem emergir o corpo desconhecido sobe formas de imagens, sonhos e expressão emocional; desorganiza e intensifica nossas posturas emocionais, gerando sentimentos e evocando lembranças. O propósito dessa prática é de reestimular as imagens do próprio corpo.
Em diálogos com seu companheiro Joseph Campbell sobre mito e corpo, Stanley organizou ensaios curtos nos quais separa por partes: a primeira seria a compreensão dos mitos como formas de descrever as experiências do corpo; a segunda parte explora o corpo como processo, fonte de imagens somáticas e históricas; a terceira considera a nossa corporeificação como a jornda do herói; a quarta é o estágio seguinte da jornada do herói – o sentido de ser um adulto maduro e a quinta e última parte explora maneiras de viver de uma vida somática, mítica.
O objetivo desse trabalho é manifestar o processo somático como uma experiência mítica. E ver o corpo somente como um objeto, um processo biológico objetivo, torna impossível a compreensão da forma interior de estar corporeificado; a imagem idealizada impede que o homem conheça sua natureza, ou seja, o homem vive a imagem e não o corpo.
A imagem que eu tenho do meu corpo - que é a imagem que o meu cérebro me passa – substitui a minha experiência somática, ou seja, há um distanciamento do meu corpo com a sua própria experiência emocional e somática. Desse moda há uma confusão entre experiência mental e experiência orgânica, o que transforma nosso mundo em terra devastada, sem vida.
É preciso trabalhar com a experiência e com o simbólico de modo que, apartir da experiência compreenda-se o simbólico.
Como exemplo Stanley usa o mito de Parsifal que mostra como a partir da terra devastada o homem pode conhecer seu corpo.
Primeira aula do segundo semestre de 2007
* estímulos para criação de movimento: (Impressão)
. interiores: memória, sensação, pensamento, emoção, imaginação. Esses podem ser a causa ou a consequência do movimento.
. exteriores: palavras - ação, intenção, imagens (sonoridade, ritmo), poesia- músicas, visão. Reação.
Ações que carregam uma interioridade.
* elementos constitutivos do movimento: (Expressão)
- conceitos de Laban
. resistência/leveza - peso ou força
. tempo - lento ou rápido
. fluência - livre (impulso, queda) ou controlada (movimento sustentado)
. espaço - direto ou indireto, pessoal/kinesfera (referência é o próprio corpo) ou total (locomoção, relação com o outro e com o espaço cênico)
- equilíbrio e desequilíbrio
- apoio
- impulso
- oposição e projeção
- partes do corpo
Diário de leitura
O livro fala sobre os seminários de dois amigos cuja amizade nasceu de um aperto de mão. Cada um desses dois homens, Joseph Campbel e Stanley Kelemann, faz uma ligação entre mito e corpo: mente e experiência somática para Kelemann e mente e vivencia espiritual para Campbel.
* Introdução
“A mitologia é uma canção, é a canção da imaginação inspirada pelas energias do corpo.” (página 17)
O corpo se manifesta. O mito é um organizador das experiências somática. Um home, sentado a beira de um rio, aprende com o seu próprio rio interior.
Hoje em dia os mitos não são mais corporificações, ou seja, é a negação do corpo como fonte primeira de conhecimento.
(A sensação que eu tenho é que o texto irá tratar da transformação do homem, pautando-se em mitos.).
*Capítulo 3: Terra devastada
Perceber-se enquanto indivíduo de um momento presente.
. abandono
Não. Negação das origens, do seu corpo.
Racionalidade em abundância que traz malefícios, por exemplo, a negação do corpo, a terra devastada.
. objetificando o corpo
A consciência muito presente deixa de exercer sua função de pensamento.
A mitologia traz símbolos que devem ser corporificados mas que acabam retidos apenas no racional.
. o corpo humano como um arquétipo
Todas as figuras vivas nos tocam. O corpo junta o passado e o presente.
. imagem idealizada
Quando não se coloca a imagem do mundo no corpo vive-se a imagem do corpo.
. experiência direta e indireta
O somático é a junção das duas vivencias (direta e indireta).
. Freud e a natureza
Natureza dentro da pessoa. Corpo como edificação de símbolos.
. a necessidade de imagens
Atualmente o cérebro retém as imagens e não as deixam apenas ponte de comunicação (externo-interno) cujo meio é o cérebro.
.imagens e distanciamento
A imagem que temos do corpo é diferente do real corpo que temos, assim, exploramos essa imagem e acabamos não trabalhando o corpo.
. a experiência e o corpo
As experiências organizam um corpo de imagens.
Tempo: do evento, da resposta. Gira uma organização experiencial e simbólica.
. maturidade a partir da terra devastada
O tempo somático é diferente do tempo real. Damos mais valou a este quando aquele nos é mais pertinente enquanto vivência.
(Para mim o texto mostra que o corpo pensa e que nós vivemos na imagem de um corpo, e não nele mesmo. A pergunta que eu me faço é: se o corpo é, sem necessidade do raciocínio, quando forçamos um raciocínio sobre ele, ele deixa de ser?).
*A lenda de Parsifal
O uso que nós nos fazemos.
A terra devastada por uma maldição de Graal tem que ter vida novamente.
(tópicos:) “A vida inautêntica ferida”, “O corpo berdado”, “A imagem social não formada”, “Formando o corpo social”, “O corpo social formado”, “O mesomorfo plenamente formado”, “O mesomorfo e seu preenchimento”, “O surgimento da qualidade endomórfica”, “O endomorfo não formado e a ausência de compaixão”, “Desorganizando o mesomorfo e iniciando o endomorfo”, “O endomorfo plenamente formado”.
A curiosa informação que eu guardei desse mito foi o fato de os subtítulos, por serem intimamente ligados a relação familiar (patriarcado e matriarcado) conforme citado no inicio do texto, influenciarem diretamente na história de transformação de uma menino fantasiado em rei Graal.
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Diário de leitura de Marly Magalhães
Nos identificamos pensando em nossa estrutura corporal. Podemos usar da influencia que os mitos têm em nossas vidas para idealizar nosso corpo explorar nossas formas e sentimentos.
“A experiência é um evento corporificado e o mito, como um processo organizativo, o modo que temos para ordenar a experiência somática.” Como interpretar essa frase? Seria nosso corpo, nosso herói? Creio que todos idealizamos um corpo perfeito, nem todos são favorecidos geneticamente falando. Alguns são privilegiados, outros precisam de um trabalho intenso e específico para que seu corpo consiga corresponder às expectativas. São obstáculos encontrados, desafios e mudanças que nos ensinam a fazer corpo presente no mundo.
Experiências vividas nos amadurecem, influenciam em nosso comportamento instintivos e emocionais nos dando valor, nos incentivando a produzir com amor ao destino nos dando capacidade de sermos receptivos e de estarmos presentes em nós mesmos, a termos compaixão. Se aprendermos a ter compaixão, por conseguinte, aprendemos a ser capazes de estarmos presentes em nós mesmos e de instruirmos nossa realidade e humanidade.
O mito é um poema sobre a experiência de ser corporificado e sobre nossa jornada somática, a experiência genética que organiza um jeito de nos transformar. O mito é um processo organizador que cria ordem a partir da experiência somática, nem sempre conseguida dentro de uma academia.
As vezes, com exercícios descobrimos em nós, um corpo desconhecido, imagens, sonhos e expressão emocional. Isso nos dá vitalidade e faz com que aprendamos a buscar em nosso interior respostas para questões que nos intrigam. Podemos dizer que os mitos são metáforas para estados corporais internos, experiência e desenvolvimento. Na realidade há controvérsias, corporificamos e incorporamos imagens externas que não tem ressonância interior. Vivemos de acordo com o que nossa sociedade impõe, a propositada Prática de Corpar é reestimular as imagens do próprio corpo.
A nossa corporificação é a jornada do herói, é a natureza somática nos proporcionando individualidade.
Em nossas histórias falamos de nossa corporificação, comunicamos aos outros como corporificar suas experiências e como trabalhar com elas para criar uma vida. Aprendemos a viver com nosso corpo uma vida somática e mítica.
Caso percamos nossa realidade somática, habitaremos uma terra de ninguém, seremos um corpo abandonado. Vivemos em uma terra onde nossos corpos estão a serviço da mente e servirão sempre aos seus propósitos. Estar fisicamente presentes em nossa vida é estar numa terra animada. Viver como uma imagem é estar numa terra devastada.
O nosso cérebro faz de nosso corpo um objeto, um processo de criação de imagens e então símbolos tomam conta de nós e o significado desses símbolos torna substituto de nossa própria experiência.
Como a natureza, nosso corpo tornou-se uma fotografia, uma idéia, um símbolo, uma imagem no cérebro. Vivemos na imagem do corpo e não no corpo. São duas esferas, da experiência direta e das imagens representativas. Vivendo nas duas esferas realizamos um diálogo entre elas, é a verdadeira natureza de existência somática. Se confundirmos uma com a outra perdemos o contato com o corpo.
Como dizia Freud, a natureza está dentro de nós, começamos assim a experienciar imagens do cérebro. Essas imagens substituem a experiência somática. Hoje consideramos as imagens a própria realidade, a imagem que o corpo faz é a que nós somos. Quando confundimos imagens com experiência, transformamos nosso corpo em uma terra devastada. Quando aprendemos a viver das nossas respostas orgânicas somamos sentimentos e imagens construindo assim uma maturidade a partir da terra devastada.
É o nosso corpo que escolhe o que vamos ser quando crescermos. A imagem somática está diretamente relacionada ao processo biológico. Isto sem considerar as imagens impostas pela sociedade.
A Lenda de Parsifal
A realização mística abrange o bem e o mal, a bondade e a maldade são relativas, elas não são absolutas. Deus e o diabo. A única maneira de curar a Terra Devastada é essa transcendência de todos os sistemas conceituais. A compaixão é a chave, compaixão quer dizer união de um par de opostos.
Eu Sou Você!
Uma reflexão sobre mito e corpo
O experimentar não é apenas conhecimento acadêmico, é sim viver o presente e estar com o corpo pleno nas mais distintas atividades. Isso indica que meu corpo é um instrumento de apreensão de conhecimentos novos e diversos.
O símbolo juntamente com a nossa capacidade de criar e recriar contém tudo o que é necessário. A imagem e o símbolo trazem a possibilidade de contato corpo e consciência.
Porém o mais difícil é entender como eu, filha de uma geração racional, posso me encontrar e me expressar através de símbolos, arquétipos de mitos que estão tão distantes de mim.
Como posso fazer o processo inverso do que costumo fazer corpo – mente, ao invés de mente – corpo? Ou seja, como posso eu gerando uma imagem ou tendo uma sensação no corpo adquirir um conhecimento?
Onde estão os símbolos e arquétipos que podem nos inquietar e trazer algum tipo de transformação?
Talvez seja justamente esse processo somático que devo, que devemos conquistar, uma volta a um eu perdido na sociedade onde outrora a imaginação e o mover de um corpo presente era um meio de se obter as mais belas e profundas experiências.
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Achei o texto um pouco denso, em alguns momentos até esquisito, várias vezes parava para tentar organizar minhas idéias... mas percebi que isso é uma característica do próprio mito: não dar nada pronto, deixar que cada indivíduo descubra sua própria interpretação.
Capítulo 3 – Terra Devastada
Manifestar no corpo uma experiência de outra realidade...
O mito nos fornece uma diferente da cotidiana. Essa lógica requer uma outra forma de expressão, um outro corpo, condizente com ela. Achar esse “novo corpo” é como encontrar o Graal, é estar pleno.
Buscar esse “novo corpo” é um caminho experimental, portanto, um caminho individual é descobrir o que e como nosso corpo representa e através disso conhecer mais sobre nós mesmos.
Abandono
Na minha interpretação, o abandono é a separação que fazemos do conjunto corpo-mente. É abandono porque quando fazemos essa separação nos vemos obrigados a escolher uma das partes, geralmente abandonamos o corpo.
“Abandonamos o corpo em nome de racionalidade e linguagem, símbolos e signos” J. Campbell
Ter consciência de nosso corpo e compreender que ele a mente não se separam é difícil... Mas tendemos a cada dia buscar mais essa divisão.
Nunca havia pensado o corpo como sendo um arquétipo... mas parece que faz sentido.
A lenda de Parsifal
A linda história de Parsifal exemplifica o caminho arquetípico do herói de Campbell. Na minha concepção:
O Graal simboliza o preenchimento espiritual, algo comparado com a pedra filosofal.
O Velho representa o pensamento do homem, aquele pensamento que passa de um para o outro, o senso comum.
Parsifal representa o homem que não aceita o senso comum, aquele que precisa experimentar e através dessa experimentação se torna espiritualmente preenchido, encontra-se consigo mesmo.
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Diários de Leitura
Postem os diário sobre o texto Corpo e Mito o mais rápido possível.
Administração Coletiva
Isso significa que ele pode fazer convites para novos integrantes, modificar o lay out, inserir listas, links e outros elementos de postagem.
Cada autor tem permissão para editar, criar ou excluir as próprias postagens.
Os administradores podem gerenciar todas as postagens.
Com essa administração coletiva certamente os estudantes da disciplina terão maior apoio para participar de nosso espaço virtual de ensino/aprendizagem e as idéias da turma referente a aparência e conteúdo do blog serão implementadas com facilidade e autonomia.
Bem vindo Ricardo!!!
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
Convites para ser co-autor deste blog
Encaminhei convite para Ricardo e Nádia.
Não mandei prá Laís porque ela não escreveu seu emeio no comentário.
Laís, mande outro comentário!
Encaminhem comentários com seu emeio escrito para que eu possa convidá-los.
Vamos falar com as pessoas e ensiná-las a entrar no blog, fazer comentários e postar mensagens.
domingo, 23 de setembro de 2007
Leilão de Moçambique
Aniversário de Renata Meira
Arrecadação de cestas básicas para colaborar com a festa do Congado de 2007
entrega no local da festa
desde às 15horas do dia 25 de setembro
Princesa Isabel
Raízes
Pena Branca
Baiadô
no estacionamento do Praia Clube
Rua Tijuca, em frente ao número 395
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Outro espaço virtual
Aqui serão postadas propostas de trabalho, diários de leitura e outras orientações diversas.
A idéia inicial que lanço nesta postagem é que a autoria do blog seja coletiva e que possamos construir aqui um retorno para análise e avaliação do processo desenvolvido na disciplina.
Para se cadastrar como co-autor do blog, envie um comentário contendo seu endereço de emeio que eu, renata, enviarei um convite para participar do blog.